sábado, 5 de novembro de 2011

Solteira outra vez, e feliz!

Atualmente morando sozinha, Marcia Ferraz agora não troca liberdade por nada
Ficar  em casa sozinha no sábado à noite, devorando um pote de sorvete e  lamentando por não ter ninguém por perto para conversar? Não, de jeito  nenhum! Solteira que tem amor próprio, seja qual for a idade, fica  linda, liga para as amigas e não perde a oportunidade de viver bons  momentos.

"Mulheres maduras curtam mais a solteirice porque  sabem o que querem, vão direto ao ponto nas suas escolhas e não se  importam com a opinião dos outros", afirma Andrea Franco, autora do  livro 40 sim! E daí? - Um Guia de Qualidade de Vida para as Mulheres  Depois dos 40 anos (Matrix Editora, 224 págs., R$ 34,90). Além disso,  as grandes vantagens da mulher solteira e acima dos quarenta são que os  filhos já estão criados, a cabeça mais madura e a profissão  estabilizada.
Depois de entrevistar dezenas de profissionais e  de mulheres que passaram dos 40, a escritora Andrea Franco descobriu  que as solteiras maduras estão ávidas por aproveitar novas  experiências, mas não querem parecer mais jovens. "Elas têm consciência  de que já não são mais meninas, mas procuram tirar o que de melhor a  maturidade acrescenta: experiência e sabedoria. São mulheres  bem-resolvidas."

Se gostar de verdade

Marcia  Helena Ferraz Voto, 52 anos, mudou completamente de vida depois de se  separar, há 4 anos. Mãe de dois filhos casados, a carioca fez cirurgia  de redução de estômago e, dois anos depois, comprou um bar. "Casei  muito cedo, logo engravidei. Estava cansada de ser só um objeto na  estante. Hoje moro sozinha e não troco essa liberdade por nada", diz a  comerciante que tem três tatuagens e está prestes a se tornar avó.
No  começo, os filhos não aceitaram a decisão de Márcia. "Passei uma barra,  mas os amigos e a família me ajudaram. Agora estou bem, feliz." Depois  que voltou a ser solteira, a carioca entrou em comunidades virtuais na  internet e fez uma grande rede de novos amigos. "Vou para onde me  levarem. Amo ver e estar com gente. É assim que me divirto. Mas, não  gosto de me comportar como uma jovenzinha. Sei dos limites da minha  idade."

Quanto a novos relacionamentos, Márcia prefere os homens  mais velhos. "Não tenho nada contra as mulheres que namoram os  novinhos, mas prefiro homens com mais experiência. Não é porque estou  solteira que não vou me valorizar. Os tempos mudaram, mas meus valores  não".

A comerciante está namorando, mas confessa que é muito  complicado ficar com alguém por muito tempo. "Estou fazendo terapia para tentar resolver isso. É que descobri que a minha liberdade é mais  preciosa do que tudo."

Ser mais feliz


Neide  Toyota, 52, foi casada duas vezes e está solteira há dez anos. Sem  filhos, a autônoma de São Paulo acredita que finalmente conseguiu  encontrar a paz que tanto procurava. "Me considero uma pessoa feliz."  Para chegar lá, Neide mudou de vida. Pediu demissão do emprego, abriu o  próprio negócio e fez terapia.
"Consegui me livrar de vez de tudo o que  incomodava. Passei a me dedicar aos meus sonhos em tempo integral. Cheguei a conclusão de que meus casamentos não deram certo porque não achei a pessoa certa, só e simplesmente isso."


Neide Toyota acredita ter encontrado a paz que procurava 

Disposta a se  livrar da timidez e construir uma nova rede de amigos, Neide entrou em  contato com uma agência de turismo especializada em viagens para  solteiros. "Encontrei pessoas com idades variadas e estilos diferentes,  mas todas com o mesmo objetivo: aproveitar a vida. A primeira viagem  foi para Capitólio, em Minas Gerais, e foi inesquecível."
A  turma das viagens é mesma que Neide encontra para almoçar, jantar, ir  ao cinema. Paquera? Rola, mas não muito. "Já tive outros  relacionamentos depois da separação, mas sinto que só agora estou  pronta para me dedicar a alguém". Para Neide, só vai acontecer um novo  amor se a pessoa aceitá-la do jeito que ela é. "Até me envolveria com  uma pessoa dez anos mais jovem se fosse para um caso de paixão, mas não  para um relacionamento mais maduro", fala a paulista, que jura não ter  medo da solidão. "Antes eu me sentia mal de chegar a uma festa sozinha,  hoje já encaro isso muito bem. Tenho orgulho de mim".

Nenhum comentário:

Postar um comentário